A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está atenta a um suposto “movimento orquestrado” envolvendo o Banco Master, o renomado investidor Nelson Tanure e Tércio Borlenghi Junior, fundador e controlador da Ambipar (AMBP3). A autarquia reguladora investiga indícios de que essa coordenação teria tido como objetivo inflar o preço das ações da companhia de gestão de resíduos no mercado.

Relatórios da área técnica da CVM apontam para uma atuação conjunta de fundos ligados a Nelson Tanure e ao Banco Master com o controlador da Ambipar. Essa articulação teria ocorrido em um período específico, resultando em uma valorização expressiva dos papéis da Ambipar, com saltos que ultrapassaram 800% entre junho e agosto de 2024.

A investigação da CVM detalha que foram identificadas compras de ações tanto por parte de Tércio Borlenghi Junior quanto pelos fundos associados a Tanure e ao Banco Master. O órgão regulador avalia que a estratégia utilizada foi “sofisticada” e “inovadora”, por envolver a atuação de múltiplas partes além do próprio controlador.

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